Quem sou eu
- J.Ricardo
- Advogado, Membro da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB/RJ, Jornalista, Consultor de Políticas Públicas e Gestor em Segurança, Cursou Psicologia Jurídica na UERJ, Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Del Museo Social Argentino - Buenos Aires – ARG; Oficial da Reserva do Exército.
1 de setembro de 2005
POLÍTICAS PÚBLICAS: Juventude sem educação
Por Jorge Arbach
Comentário visual sobre a matéria publicada no Globo Online (23/8/2005, às 12h27m), com material da Agencia Brasil e título original "Maioria dos jovens de baixa renda continua fora da escola, diz estudo de ONGs"
A falta de acesso à educação e o analfabetismo são os principais problemas apontados no relatório sobre a juventude brasileira, feito por mais de 40 organizações não-governamentais e entregue ao governo na última semana. O documento, intitulado "Tirando Acordos do Papel", mostra que a maioria dos jovens de baixa renda está fora da escola.
A representante do grupo Interagir, uma das ONGs que participou da elaboração do estudo, Renata Fiorentino, observa que é preciso haver políticas públicas que garantam a permanência dos jovens nas salas de aula e que concluam os cursos, seja do ensino fundamental, médio ou superior.
Segundo o relatório, o governo tem desenvolvido ações para combater o analfabetismo e aumentar o número de jovens na escola. No documento, há dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que revelam certo avanço na inclusão de jovens no sistema educacional e o aumento do nível da escolaridade. De 1992 a 2002, o percentual de analfabetos brasileiros caiu de 16,4% para 10,9%. As ONGs atribuem esse resultado aos investimentos dos governos federal, estadual e municipal em programas de Educação de Jovens e Adultos e às bolsas educação que reduzem o trabalho infantil.
No "Tirando Acordos do Papel", porém, há a conclusão de que a permanência dos jovens que têm acesso à escola é baixa, principalmente na rede pública. E o principal motivo é o desinteresse, atribuído à baixa qualidade do ensino, a problemas de infra-estrutura e à má remuneração dos professores. A situação financeira também é apontada como causa da evasão escolar entre os jovens. [Agência Brasil]
Fonte: Observatório da Imprensa